Em 27 de Fevereiro de 2019, Angola participou na revisão do seu 7º relatório periódico sobre a implementação da Convenção sobre a Eliminação da Discriminação Contra as Mulheres (CEDAW). A Convenção, comummente chamada de CEDAW, é o principal tratado internacional de direitos humanos com foco nos direitos das mulheres. A CEDAW define a discriminação contra as mulheres e fornece uma agenda de acção nacional para acabar com a discriminação baseada no género. Discriminação dentro da convenção é definida como “qualquer distinção, exclusão ou restrição feita com base no sexo que tenha o efeito ou propósito de prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício por mulheres, de direitos humanos e liberdades fundamentais no campo político, económico, social, cultural, civil ou qualquer outro campo”.
Angola ratificou a CEDAW em 1986 e é, portanto, obrigada a implementar os direitos nela contidos. Como parte disto, Angola deve submeter relatórios nacionais a cada quatro anos ao Comité da CEDAW, ilustrando as medidas que tomaram para cumprir com as obrigações da CEDAW e o progresso que fizeram. No final do processo de apresentação de relatórios, o Comité analisa o relatório com Angola e, em seguida, emite observações finais que destacam o progresso, bem como áreas de preocupação e recomendações para os próximos quatro anos. As observações finais do 7º relatório periódico de Angola foram emitidas a 6 de Março de 2019.
As observações finais destacam o progresso feito por Angola na melhoria dos direitos das mulheres e da implementação da Convenção desde o último relatório em 2013, observando as reformas legislativas e os esforços feitos pelo governo para melhorar o seu quadro institucional e político para acelerar a eliminação da discriminação contra as mulheres e promover a igualdade de género. Realizações notáveis incluem:
- O estabelecimento de um esquema de protecção legal e social para trabalhadoras domésticas;
- Uma política nacional para a igualdade e equidade de género;
- Um plano de acção nacional para a implementação da Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre as mulheres, paz e segurança, e
- Um plano executivo para combater a violência doméstica.